segunda-feira, 24 de maio de 2010

[...] Mas Caroline também nunca saberá que as nuvens perderam os formatos alegres e bonitos. Depois que Rob morreu tudo perdeu a graça. Ele costumava dizer que a morte não importava por que ele viveu da maneira que achou certa. Como poderia ser dessa forma? Agora eu sentia falta do jeito que ele fazia as coisas parecerem simples demais. Pra ele era simples chegar de madrugada na minha casa e me fazer segura-lo nos braços. 
Todos dizem que não era. Mas eu acho que ele estava certo. Sabe, certo da maneira dele. 
Ainda sinto sua presença em tudo que eu faço. É triste saber que ele nunca mais voltaria a caminhar com aquele ar divertido pela minha frente. É triste ver como a sua casa está triste por que ele não voltaria a entrar ali. 
Bem, as coisas continuam intactas por lá, mas isso não muda nada. 
Ainda sonho com ele, raras vezes, e quando sonho ele está sorrindo e isso me faz lembrar de como aquele sorriso era estonteante.
Toda vez que lembro do seu sorriso e olho em volta posso ver a graça da sua alma preenchendo os vazios. 
Geralmente, não acredito nessas coisas. Mas tudo é realmente bonito quando eu acredito. 
Talvez um dia Caroline possa ver as coisas como eu vejo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Você diz que me ama, mas seu coração está vazio.



Andei por aí procurando alguém pra  dizer o que há de errado comigo. Eu amo e não amo, eu quero e não quero. Queria poder ser como Caroline que, quando quis, fechou as cortinas do seu quarto.
Fiquei triste quando ela apagou as postagens e depois o blogger, mas entendi que já era demais expor o luto. Eu fico imaginando como ela se sente sem o seu avô, que devia ser a pessoa que a colocava nos braços.
Será que seu coração ficou vazio e por isso ela desapareceu? Bem, eu acho que nunca saberei.   

Eu poderia me perguntar à vida inteira o que ele tem de tão atraente e mesmo assim eu não saberia a resposta. Ele é uma daquelas pessoas que, realmente, tiram seu fôlego.

Mas não pelos motivos óbvios. Ás vezes ele parece com as nuvens que tem vários formatos e se desfazem e você se pergunta: Cadê? Eu gostava tanto daquele formato...

Jp, 12/05/2010.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eu nunca quis me limitar a fazer o que todos acham bonito por que eu nunca achei bonito o que todos fazem. As pessoas andam por aí se achando no direito de julgar quem passa. As pessoas andam por aí dizendo quem ama e quem não ama. As pessoas andam por aí jogando o amor fora.

Beijos não são contratos, o amor é de graça. Quando você conhece uma pessoa e ela te dá a oportunidade de conhecer seu interior, você não pode simplesmente dizer não. Você faz parte daquilo no momento em que você se deixa conhecer e aí existe uma troca. Quando você gosta dessa pessoa você sabe tudo que ela faz de errado, mesmo que seja com você, você espera que as feridas cicatrizem. Mas Meredith sempre disse que algumas feridas nunca cicatrizam e o amor, o amor nem sempre é real. E como saber o que é real e o que não é?
Vou dormir e descobrir a resposta depois, vou dormir e tentar esquecer os motivos que me fazem desacreditar. Vou apenas dormir e esperar que o relógio pare de bater.

E então ele arrancou seu coração e disse adeus.


Decidi voltar a escrever por que eu andei demonstrando sentimentos demais. Nunca gostei de ser aquela que demonstra sentimentos enchendo o rosto de lágrimas. Apesar de querer demonstrar uma imagem natural, eu não poderia ser natural fingindo estar sentindo algo que eu não estava. Meu coração estava nas minhas mãos. Devolvido, destroçado. Mas ele ainda era meu e eu podia usar aquilo da maneira que eu entendesse ser a melhor.
Hoje aprendi que não falar, não conversar sobre o que dói não ajuda em nada.
Que as pessoas, definitivamente, não mudam. Que você só acha o que quer quando para de procurar e que Erich Fromm, apesar de viver na sua bolha do amor, é um ótimo escritor.
E então, depois de Erick me ensinar a ver o amor por aí e não aprender comofas,Andei dizendo  que não conseguia ver os problemas como problemas por que estava tentando ver o lado das outras pessoas, mas quem vai olhar o meu lado? Erich Fromm que me perdoe, mas ninguém conhece direito a Arte de amar.
Com Erich Fromm ou sem, sabe o que dizem? Que quando você olha para o lado, você pode ver que tem alguém olhando você e seria um erro deixar esse alguém só olhando.

sábado, 1 de maio de 2010

A million pounds won't be enough
To make me stare back at your face!

Auto explicativo.