segunda-feira, 24 de maio de 2010

[...] Mas Caroline também nunca saberá que as nuvens perderam os formatos alegres e bonitos. Depois que Rob morreu tudo perdeu a graça. Ele costumava dizer que a morte não importava por que ele viveu da maneira que achou certa. Como poderia ser dessa forma? Agora eu sentia falta do jeito que ele fazia as coisas parecerem simples demais. Pra ele era simples chegar de madrugada na minha casa e me fazer segura-lo nos braços. 
Todos dizem que não era. Mas eu acho que ele estava certo. Sabe, certo da maneira dele. 
Ainda sinto sua presença em tudo que eu faço. É triste saber que ele nunca mais voltaria a caminhar com aquele ar divertido pela minha frente. É triste ver como a sua casa está triste por que ele não voltaria a entrar ali. 
Bem, as coisas continuam intactas por lá, mas isso não muda nada. 
Ainda sonho com ele, raras vezes, e quando sonho ele está sorrindo e isso me faz lembrar de como aquele sorriso era estonteante.
Toda vez que lembro do seu sorriso e olho em volta posso ver a graça da sua alma preenchendo os vazios. 
Geralmente, não acredito nessas coisas. Mas tudo é realmente bonito quando eu acredito. 
Talvez um dia Caroline possa ver as coisas como eu vejo.

0 comentários: